SECTOR de Educação e Desenvolvimento Humano na Zambézia deve gerir, de forma eficiente e optimizada, os recursos humanos e as horas extraordinárias a fim de evitar constrangimentos que podem afectar o desempenho dos funcionários.
A observação foi feita pela ministra do sector, Carmelita Namashulua, quando abordada a propósito da discórdia gerada pela falta de pagamento das horas extraordinárias.
Afirmou que os funcionários da Educação na Zambézia tem apresentado problemas de horas extras todos anos, o que na sua opinião decorrem da deficiente gestão dos recursos humanos.
De acordo com Namashulua, já está em curso investigação para compreender, efectivamente, o que está a acontecer e como as horas extras são atribuídas.
Acrescentou que as horas extraordinárias não podem ser inventadas, havendo critério para tal.
No ano passado, devido à crise decorrente da Covid-19 muitos professores ficaram com turmas acima do normal.
Todos estavam convencidos que seriam pagos as horas, mas até ao momento nenhum docente foi abandonado, o que criou celeuma e descontentamento no seio da classe. No ano passado, os docentes quase que boicotavam os exames, mas houve promessas de pagar entre Fevereiro e Março últimos, o que não se efectivou. Logo que se soube que a ministra estaria na Zambézia, algumas escolas fizeram o levantamento, como forma de animar a pressão.
No início deste ano, devido à redução do número de alunos por turma, os professores ficam com mais turmas do que o recomendado, sendo que alguns docentes não estão a lecionar nas turmas a mais, alegadamente porque não serão remunerados, deixando alguns alunos abandonados à sua sorte.
No período em que as aulas estiveram paralisadas, no ano passado, alguns responsável administrativos elaboraram folhas de horas extras indevidas, anomalias que foram detectadas pelo Serviço Provincial de Economia e Finanças, que mandou cancelar os pagamentos.