Luís Bernardo Honwana

Biografia
Luís Bernardo Honwana, nasceu em Maputo em 1942, numa família com longas tradições nacionalistas. Escritor e jornalista, ele tornou-se figura incontornável da intelectualidade moçambicana. Bem cedo ganhou notoriedade como activista cultural e envolvendo-se com outros jovens, na disseminação do ideal da libertação nacional.
Como jornalista colaborou nos principais jornais do país. Era membro da redacção do jornal Notícias, quando em 1964 viu a sua carreira interrompida pela PIDE, a polícia política do colonialismo português. Foi preso num grupo que incluia outras figuras públicas como José Craveirinha, Rui Nogar e Malangatana, com a acusação de envolvimento no processo da luta de libertação. Isto aconteceu no justo momento em que Luís Bernardo Honwana publicava o seu livro Nós Matamos o Cão Tinhoso. Honwana foi condenado a uma pena de três anos de prisão maior mas, em contrapartida, o seu livro foi imediatamente reconhecido como um marco importante da literatura de Moçambique. Hoje figura na lista dos 100 melhores livros publicados em África, e foi já traduzido para as principais línguas europeias.
Além de ficcionista Luís Bernardo Honwana investiga e escreve sobre temas sócio-culturais, como atesta este A Velha Casa de Madeira e Zinco.
Após a independência de Moçambique Honwana ocupou cargos destacados na administração pública do país, como director de gabinete do Presidente Samora Machel e mais tarde Ministro da Cultura.
Antes de ir servir na UNESCO, primeiro como membro do seu Conselho Executivo e depois como representante da organização em alguns países da África Austral, Honwana criou como projecto pessoal e foi o primeiro presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa.
De regresso ao país, Honwana, passou a dedicar-se profissionalmente a questões ligadas à preservação ambiental e à conservação, sendo neste momento o Director Executivo da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND.