Descrição
“estes poemas esplendentes também denunciam uma outra contradição: a sua beleza cruel ou a crueldade da sua beleza. São tremendamente belos, cortantemente belos, lancinantemente belos. Parece que a dor e a beleza são sempre circunvizinhas na criação. Estamos perante um outro grande paradoxo da nossa condição de moçambicanos: como é que perante tanta tragédia que impera sobre o nosso devir somos capazes de este tipo de fulgurações? Perante uma realidade absoluta- mente espectral como é possível haver lugar para estes lustros criativos? Claro que não estão arredados de julga- mentos e, até censura, muitas vezes de forma severa, em relação ao que acontece. Taruma é um caso paradigmáti- co. É um poeta profundamente crítico. A sua censura é implacável, extremamente dura e muitas vezes cortante”
Nelson Saúte
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