INTE e cinco raparigas resgatadas das uniões forçadas e reintegradas em escolas de diferentes níveis de ensino na províncias de Manica acabam de receber kits de material escolar, uma iniciativa da associação de Jovens da Soalp (JOS-SOAL).
Trata-se de raparigas resgatadas pela associação de uniões forçadas nos distritos de Vanduzi, Macate, Manica e Gondola; no âmbito da implementação do projecto “Eu decido o meu futuro”, através do programa Acção para a Governação Inclusiva e Responsável (AGIR).
O projecto, de acordo com Leide Laura Bendera, gestora da iniciativa, tem por objectivo estimular e manter rapazes e raparigas na escola, bem assim aumentar os seus conhecimentos em matérias educativas que inclusivas que incluem diversos serviços necessitados por aquelas camadas social para mantê-la saudável.
A JOS-SOAL considera que os casos de desistência escolar tendem a aumentar na província, o mesmo com relação às uniões forçadas que culminam com gravidezes precoces e indesejadas.
Devido ao facto, de acordo com Leide Bendera, a sua agremiação está a realizar várias actividades na província de índole educativo no seio das comunidades, com vista a resgatar mais raparigas forçadas a uniões prematuras, acções que estão a ser desenvolvidas com o apoio das lideranças comunitárias locais.
“O nosso objectivo é resgatar e integrara as raparigas na escola para promover boas práticas no seio das vítimas daí que a associação as incentiva com material escolar, incluindo informes e outros bens”, disse Bendera que, na ocasião, explicou que o programa está a ser implementado pelas suas associações, em parceria com a Diakonia, com financiamento da embaixada da Suécia em Moçambique.
Com vista a reduzir o número de casos de uniões forçadas, a associação juvenil está a capacitar cerca de 200 membros do grupo de escuta e denúncias ao nível dos quatro distritos abrangidos pelo programa, os quais terão como missão ouvir e denunciar episódios de violências contra a mulher e raparigas junto das entidades competentes.
Algumas raparigas resgatadas e reintegradas na Escola Secundária de Vandúzi, expressaram sua satisfação com a iniciativa do governo e seus parceiros.
Beatriz Carlitos e Isabel Matequenha, duas das resgatadas, contaram ao “Notícias” o drama porque passaram ao serem forçadas a se casarem com indivíduos adultos, alguns com duas ou mais esposas.