Descrição
“Entre 2004 e 2014, aconteceram fenómenos que merecem menção.
A construção de infraestruturas, o início da exploração de recursos energéticos, o alargamento da educação e da saúde, a entrada de volumes importantes de capital estrangeiro, o crescimento da sociedade civil e o despertar da cidadania. A economia cresceu a ritmos elevados, embora suportado pela poupança externa e configurando um padrão de acumulação sectorial e espacialmente concentrado e extrovertido. A pobreza não foi reduzida substancialmente e desponta uma elite, por enquanto, fundamentalmente, por acumulação através de rendas, o que significa o aprofundamento das desigualdades na distribuição do rendimento nacional. A democracia teve retrocessos, assistiu-se ao reforço de uma ideologia neoliberal e à configuração de um capitalismo periférico e, por isso, dependente e ineficiente. Assistiu-se ao reforço de um aparelho de Estado consumidor de uma crescente e grande parte da riqueza gerada, com défices de eficácia e partidarizado. Alguns estudos apontam para um crescimento agressivo contra o ambiente e uma gestão não sustentada de recursos naturais”.
In: Introdução
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