Descrição
(…). Ser magistrado é muito mais que uma opção de vida. É uma verdadeira missão que deve ser vivida com total entrega e devoção. Não se pode ser magistrado apenas no período normal de expediente! O magistrado é-o até nos seus momentos de lazer, nas suas férias.
(…). A criminalidade é um factor desestabilizador de qualquer país. Ninguém pode viver tranquilo se a criminalidade ganhar espaço. Tempos houve em que as fronteiras estatais, de alguma forma, delimitavam os fenómenos criminais. Hoje, com a globalização, as fronteiras são um obstáculo de menor importância. Os crimes cibernéticos e a generosidade dos crimes transnacionais não temem as fronteiras e calcorreiam o mundo com uma rapidez impressionante. Ao trazer à sua obra o combate ao crime, quis o Juiz Paulino não apenas partilhar as suas inquietações, como também chamar a atenção aos actores relevantes para a necessidade de um trabalho coordenado e solidário com vista ao combate a esta realidade.
(…). A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores, únicos e distintos, que o tornam merecedor de respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, e implicam, por conseguinte, um complexo de direitos e deveres. (…). Daqui decorre que o Homem digno é aquele que tem uma conduta que granjeia respeito e consideração dos demais. É uma pessoa que assume as suas responsabilidades individuais e colectivas, que vela pelo bem próprio enquanto parte do bem comum. Uma pessoa digna é aquela que molda o seu comportamento ciente de que é parte duma comunidade, e que qualquer passo que der terá uma influência positiva ou negativa no conjunto do qual é parte”.
Maria Benvinda Delfina Levi
In: Prefácio
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